quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Terapia Assistida por Animais e Socialização de Cães: Você quer um cão disciplinado ou educado?

Terapia Assistida por Animais e Socialização de Cães: Você quer um cão disciplinado ou educado?: disciplinar dis.ci.pli.nar 1 1 Sujeitar-se à disciplina. 2 Castigar(-se) com disciplinas; flagelar(-se). 3 Desenvolver metodicamente; ...

Você quer um cão disciplinado ou educado?

disciplinar
dis.ci.pli.nar1
1 Sujeitar-se à disciplina. 2 Castigar(-se) com disciplinas; flagelar(-se). 3 Desenvolver metodicamente; cultivar, adestrar. 4 Fazer obedecer (pessoas ou coisas).
educar
e.du.car
1 Ministrar educação a. 2 Formar a inteligência, o coração e o espírito. 3 instruir: O professor educa os seus alunos. 4 Cultivar a inteligência; instruir-se: 5 Aperfeiçoar, desenvolver a eficiência ou a beleza: Educar a voz, o ouvido. 6 Criar e adestrar animais domésticos.

Outro dia, peguei um folheto de um adestrador que dizia: Deixe seu melhor amigo disciplinado. Adestro cães sem punição. Com 20 anos de experiência.
Fiquei pensando cá comigo por que ele teria escolhido a palavra “disciplinado”. Apenas para ser mais chamativo? Por que não “educado” ou “adestrado”? Nossa língua portuguesa é rica em palavras e significados, mas aquelas que nos parecem sinônimos nem sempre são, e muitas vezes acabamos nos esquecendo do verdadeiro sentido delas. É o que acontece com “disciplinado” e “educado”.
Antigamente, o conceito de cão perfeito era um cão disciplinado e que não fazia coisas “erradas”. Todos sabiam quais problemas de comportamento teriam que ser eliminados. Pode-se dizer que a relação cão/dono seguia um padrão: cães no quintal, vacinas em dia e algumas brincadeiras quando as pessoas passavam por ele (a velha “festinha”, lembra?). Com um relacionamento estabelecido dessa forma, é claro que o cão só podia mesmo acabar disciplinado. Disciplinado para não latir, para não arrancar as roupas do varal, para não estragar os brinquedos, para não rasgar os sacos de lixo e, principalmente, para não dar trabalho.
Quando se pensa em como é a relação entre o cão e seu dono nos dias de hoje, pode-se dizer que para a maioria das pessoas a atitude para com seu cão se estreitou consideravelmente. Hoje quem tem um cão quer que ele faça parte do seu convívio social. O cão está inserido na vida da família, ele se transformou em um membro dela. Mas embora o desejo do dono é ter esse companheiro dentro de casa, ele também quer um cão que não faça bagunça, que faça xixi no lugar certo e que não destrua os móveis da casa. A grande questão é encontrar um adestrador que transforme o cão em um animal perfeito sem que o dono participe desse processo de aprendizagem. Isso é uma coisa improvável de acontecer. Por isso volto à pergunta: Você quer um cão disciplinado ou educado? E um cão-terapeuta pode ser somente um cão disciplinado? Eu digo que se um cão passar pelo processo de aprendizagem com um bom profissional e seu dono for um dono participante, ele não vai precisar ser um cão disciplinado, e sim um cão educado.

Algumas diferenças preciosas entre um cão disciplinado e um cão educado:
O cão educado resolve problemas, enquanto o disciplinado não consegue fazer isso. Por exemplo: uma bolinha rola para baixo da mesa de jantar. O cão educado tenta tirar a bola dali e quase sempre consegue, enquanto o disciplinado, que não pode esbarrar em cadeiras ou raspar as patas no chão no processo de alcançar a bolinha, se a bola vai parar em um lugar que ele não pode alcançar, simplesmente deita e dorme.
O cão disciplinado é condicionado a só latir dentro de casa para alertar sobre a chegada de um estranho. Já o cão educado pode latir para apontar algo que ele deseja. Existe comunicação entre o cão educado e seu dono.
Por exemplo: quando acaba a água da vasilha do cão. O cão disciplinado espera até que a vasilha seja reabastecida, enquanto o cão educado, se está com sede, costuma latir para atrair a atenção do dono e fazê-lo perceber que o pote não tem água.
O cão disciplinado não pode lamber ninguém. O cão educado pode lamber, caso a pessoa deixe que ele a lamba. (Alguns profissionais da área da saúde, aliás, já estão permitindo que os assistidos, principalmente aqueles com dificuldade em ser tocados, abraçados, recebam lambidas terapêuticas dos cães-terapeutas.)
O cão disciplinado não deve interagir com outro cão para evitar brigas. O cão educado é socializado desde filhote e estimulado a interagir com outros cães à vontade.
O cão disciplinado é punido, mesmo quando pequeno, se estraga algum brinquedo. O cão educado, assim como uma criança em seu desenvolvimento saudável, pode (e até deve) danificar determinados brinquedos. Se o animal não passar pelas etapas da infância e da adolescência de forma saudável e lúdica, existe uma probabilidade real de ele se tornar um cão ansioso ou apático.
É claro que um cão disciplinado também pode se tornar um bom cão-terapeuta, pois saberá fazer tudo que seu dono mandar. Mas quem conhece um cão-terapeuta bem educado sabe notar a grande diferença que existe entre eles, que de certo modo pode ser resumida assim: enquanto o cão disciplinado exibe o comportamento de um lorde inglês, o cão educado demonstra a simpatia e a amabilidade de um bom brasileiro.
Percebeu a diferença?  
     

sábado, 3 de setembro de 2011

Terapia Assistida por Animais e Socialização de Cães: VAMOS BRINCAR

Terapia Assistida por Animais e Socialização de Cães: VAMOS BRINCAR: Cachorros são bichos curiosos, brincalhões e ativos, tanto que muitos até quando adultos destroem sapatos, móveis, cavam buracos. Viver com ...

Terapia Assistida por Animais e Socialização de Cães: VAMOS BRINCAR

Terapia Assistida por Animais e Socialização de Cães: VAMOS BRINCAR: Cachorros são bichos curiosos, brincalhões e ativos, tanto que muitos até quando adultos destroem sapatos, móveis, cavam buracos. Viver com ...

VAMOS BRINCAR

Cachorros são bichos curiosos, brincalhões e ativos, tanto que muitos até quando adultos destroem sapatos, móveis, cavam buracos. Viver com eles é uma alegria, estão o tempo todo querendo interagir , os brinquedos são um jeito muito prazeroso  de fazermos  isso.
Os filhotes principalmente precisam suprir sua necessidade de morder, primeiro para saciar a necessidade de coçar a gengiva, quando estão trocando os dentes, depois para que explorem o mundo em que vivem. As brincadeiras os tornaram animais mais equilibrados. Seu tato é também, através da boca e do focinho, por isso estão sempre experimentando o mundo.
Não podemos privá-los de suprir estas necessidades, mas também não precisamos permitir que  eles estraguem as nossas coisas, por isso devemos fornecer muitos brinquedos, para que eles possam destruí-los ou roê-los, não tem problema, é deles, eles podem fazer isso!
O ideal é que cada família de cães tenha em média 15 brinquedos, de formas, cores, pesos e texturas diferentes. E que uma vez por mês sejam comprados 2 novos brinquedos.
Uma tática boa é guardar os brinquedos que o cão não brinca muito e colocar outros no lugar, depois de alguns meses recoloque estes brinquedos antigos, vocês verão que o cão se interessará novamente por eles.
Os preferidos são: em primeiro lugar as bolinhas (de tênis, de borracha, com apito, pesadas, bem levinhas, de todos os tipos). Depois os de roer (o ideal é que sejam de um material que não faça pedaços que possam ser engolidos pelo cão), em seguida os de pelúcia (devemos tomar cuidado para que o cão não engula o recheio destes). Existem também os de borracha maciça, os de corda, os de borracha com corda, os freesby, os comestíveis, os interativos.
Quando decidimos ter um cão precisamos dar qualidade de vida à eles , através da interação e das brincadeiras eles se tornaram equilibrados e felizes e para nós esta relação se tornará prazerosa e recompensadora, já que boa parte dos problemas estará solucionada.

                                                                                                                           Carla Bárbaro Venturelli